quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Avareza e desprendimento


Muitos se tornam apegados aos bens e ao dinheiro por insegurança frente ao futuro. A melhor maneira de vencer este medo é confiando na Providência divina que cuida de todos. Jesus disse: “não vos preocupeis por vossa vida”.(Mt 6, 25)

São Paulo classifica a avareza como idolatria: “Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: fornicação, impureza, paixões, desejos maus, cupidez e avareza, que é idolatria.” (Cl 3,5).
A razão do apostolo ver como idolatria o apego aos bens materiais, sobretudo ao dinheiro, é que isto faz a pessoa amá-lo como a um deus. Torna-se escrava da riqueza, e no seu altar queima um incenso perigoso.É importante que a pessoa não seja escrava do dinheiro e dos bens. É claro que todos nós precisamos de dinheiro; o próprio Jesus tinha um “tesoureiro” no grupo dos Apóstolos; e foi exatamente Judas quem se perdeu. Isto não quer dizer que foi só por causa do dinheiro, mas o evangelho não deixa de dizer que ele era ganancioso.
O mal, não é o dinheiro em si, mas o “amor” ao dinheiro, isto é, o apego desordenado que faz a pessoa buscar o dinheiro como um fim, e não como um meio. Por causa desse “amor” muitos aceitam praticar a mentira, falsidade e a fraude. Se formos mais alto, poderemos constatar que toda a corrupção, tráfico de drogas, armas, crimes, etc., tem atrás a sede do dinheiro. O próprio domingo, dia do Senhor está se transformando para muitos, em dia de ganhar dinheiro.

Para dominar este forte impulso que age dentro de cada um de nós, é preciso oração, meditação e grande esforço de nossa parte; sobretudo, no sentido de convencermos a nós mesmos da grandeza do desprendimento. Mais do que nunca, o Espírito Santo terá que vir em auxílio da nossa fraqueza.
A nossa vida é dirigida pelo amor. Assim, só trocamos um amor por outro amor maior; para nos desapegarmos dos bens e preferirmos a Deus, é preciso que o amor a Ele, pela Sua graça, cresça em nós, até se apossar totalmente de nossa alma.
O remédio contra a avareza é o “abrir as mãos”, não para receber, mas para dar. Quanto mais apegado você for ao dinheiro, mais faça o exercício de dar boas e generosas esmolas... até que as suas mãos aprendam a se abrir sem que o seu coração chore.

FONTE : "Os pecados e as virtudes capitais - Prof. Felipe Aquino"